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sábado, 17 de janeiro de 2015

Planetas errantes são maioria e podem ter vida

planetas errantes


A Via Láctea, nossa querida galáxia, contém algo em torno de 200 a 400 bilhões de estrelas. E os astrônomos estão descobrindo agora que um grande número delas são como o nosso sol: tem planetas orbitando em torno delas. Durante décadas, foi consenso entre os estudiosos de astronomia que estes seriam planetas alienígenas – planetas que voam em torno de uma estrela mãe.

Mas isso mudou

Pesquisas recentes sugerem que planetas voando livres ao redor do espaço interestelar, sem estar ligados a quaisquer estrelas, superam o número de estrelas em nossa galáxia em uma escala de 100.000 para 1. Mesmo se todas as estrelas da Via Láctea tiverem muitos planetas orbitando em torno delas, como acontece em nosso sistema solar, ainda haveria 12.500 planetas livres para cada planeta em uma órbita.

“Planetas errantes”

Os cientistas têm descoberto cada vez mais planetas extrassolares, ou seja, aqueles planetas que moram fora do nosso sistema solar. Para você ter uma ideia, já há 974 planetas que conhecemos até agora, orbitando ao redor de 744 estrelas. Entre esses muitos planetas extrassolares, estão alguns errantes. Um planeta errante é definido como um corpo com massa planetária que não orbita ao redor de uma estrela. Existem apenas quatro candidatos específicos para esse título que nós conhecemos, mas os cientistas foram capazes de deduzir que deve haver muitos mais perdidos na imensidão no universo.

Cadê eles?


Planetas errantes são difíceis de se observar porque os nossos métodos atuais de detecção de planetas extrassolares se apoiam nos efeitos que os planetas têm sobre sua estrela-mãe. Funciona mais ou menos assim: quando um determinado planeta passa pela órbita de uma estrela, ele provoca uma atração gravitacional que pode ser observada com um telescópio. Então se um planeta não tem uma estrela-mãe… Bom, ficamos meio cegos. A não ser pelo fato de que planetas errantes produzem uma pequena quantidade de radiação infravermelha, o que nos permitiu detectar os poucos que conhecemos até agora. Os cientistas costumavam pensar que todos os planetas errantes eram formados durante uma típica criação de um sistema solar, e na sequência eram ejetados para o espaço, orbitando no centro da galáxia, como se fossem estrelas.

Isso explicaria, por exemplo, os bilhões de planetas que estão lá fora. Mas as observações recentes sugerem que planetas errantes poderiam ser formados independentemente de uma estrela. Estrelas se formam a partir de enormes nuvens de poeira, mas se um pequeno aglomerado de poeira se quebra, ele irá formar o que os cientistas chamam de “globulete”. Esses globuletes ainda são muito grandes, apesar do nome. Eles são 50 vezes mais largos que a distância entre Netuno e o sol, mas ainda assim não são suficientemente grandes para produzir uma estrela. Em vez disso, a poeira vai condensar e formar um planeta, destinado a vagar sozinho através da galáxia. Voilá! Temos um planeta errante.

Poderia haver vida em um planeta errante?
Possivelmente.

De acordo com astrobiologistas, esses planetas podem ter oceanos subterrâneos a uma temperatura adequada para dar suporte à vida. Tal como na Terra, a vida poderia evoluir em volta de fontes hidrotermais, em um ecossistema que não exige a luz solar. Existe também a possibilidade de que um planeta errante passar muito mais perto da Terra do que os planetas em torno de outra estrela. Assim, um planeta errante poderia ser a nossa primeira visita extrassolar. 
Fonte: Hypescience.com

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