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quarta-feira, 12 de outubro de 2016

SOFIA detecta colapsos de nuvens interestelares

SOFIA detecta colapsos de nuvens interestelares
Os astrônomos utilizaram o SOFIA para observarem parcelas de 6  nuvens interestelares, cujo caminho é se tornarem estrelas muito maiores que o nosso sol. Quando uma estrela entra em colapso, sua gravidade faz ela se contrair a ponto do atrito gerar calor, desencadeando na fusão de hidrogênio, e depois, uma estrela é formada.  Os astrônomos se animaram com as observações do SOFIA porque elas confirmaram  modelos teóricos de formações de estrelas com o colapso de nuvens interestelares e o ritmo desse colapso. Um problema de estudar esses colapsos é o fato de ser rápido em questões astronômicas, por isso, o “Infall” (nome desse fenômeno) é desafiador, dificultando os estudos.  Utilizando um instrumento do observatório German Receiver for Astronomy at Terahertz Frequencies (GREAT), os cientistas observaram 9 proto-estrelas procurando por esse estágio de desenvolvimento realizando medições, e descobriram que 6 de 9 dessas estrelas foram colapsadas ativamente. O SOFIA é muito importante nas observações relacionadas às formações de estrelas, estudando formações de estrelas com massa elevada no interior da Via Láctea, já que são eventos relativamente rápidos.
Fonte: NASA

Hubble detecta "BOLAS DE CANHÃO" disparadas por estrelas

Hubble detecta "BOLAS DE CANHÃO" disparadas por estrelas
Este gráfico com quatro paineis ilustra como o sistema binário V Hydrae lança bolas de plasma para o espaço. O painel 1 mostra as duas estrelas em órbita uma da outra. Uma das estrelas está perto do final da sua vida e inchou em tamanho, tornando-se numa gigante vermelha. No painel 2, a órbita da estrela mais pequena leva-a até à atmosfera estendida da gigante vermelha. À medida que a estrela viaja através da atmosfera, recolhe material da gigante vermelha, material que assenta num disco em seu redor. A acumulação de material atinge um ponto crítico e este é, eventualmente expelido sob a forma de bolhas de plasma quente ao longo do eixo de rotação da estrela, como o painel 3 mostra. Este processo de expulsão é repetido a cada oito anos e meio, o tempo que leva para a estrela mais pequena fazer outra passagem pelo invólucro inchado da gigante vermelha, visto no painel 4. Crédito: NASA, ESA e A. Feild (STScI)

O Telescópio Espacial Hubble da NASA detetou "bolhas" superquentes de gás, cada uma com o dobro da massa do planeta Marte, expelidas perto de uma estrela moribunda. As bolas de plasma estão a viajar tão depressa pelo espaço que levariam apenas 30 minutos para ir da Terra à Lua. Este "fogo de canhão" estelar, estimam os cientistas, ocorre a cada 8,5 anos há pelo menos 400 anos. As bolas de fogo são um enigma para os astrónomos, porque o material ejetado não pode ter sido disparado pela estrela hospedeira, chamada V Hydrae.

A estrela é uma gigante vermelha inchada, localizada a 1200 anos-luz de distância, que provavelmente libertou pelo menos metade da sua massa para o espaço durante o seu leito de morte. As gigantes vermelhas são estrelas moribundas nos estágios finais da vida que estão a esgotar o seu combustível nuclear que as faz brilhar. Cresceram em tamanho e estão despindo as suas camadas exteriores para o espaço. A atual melhor explicação sugere que as bolas de plasma foram lançadas por uma companheira estelar invisível. De acordo com esta teoria, a companheira teria que estar numa órbita elíptica que a leva perto da atmosfera inchada da gigante vermelha a cada 8,5 anos. À medida que a companheira entra na atmosfera exterior da gigante vermelha, engole material.

Este material, em seguida, assenta num disco em redor da companheira e serve como plataforma de lançamento destas bolhas de plasma, que viajam a cerca de 800.000 quilómetros por hora. Os investigadores dizem que este sistema estelar poderá ser o arquétipo que explica uma estonteante variedade de formas brilhantes descobertas pelo Hubble em redor de estrelas moribundas a que chamamos nebulosas planetárias. Uma nebulosa planetária é uma concha de gás brilhante em expansão, expelida por uma estrela no final da sua vida.

"Nós sabíamos, com base em dados anteriores, que este objeto tinha um fluxo de alta velocidade, mas esta é a primeira vez que vemos o processo em ação," afirma Raghvendra Sahai, autor principal do estudo que pertence ao JPL da NASA em Pasadena, no estado norte-americano da Califórnia. "Nós sugerimos que estas bolhas gasosas produzidas durante esta fase final da vida de uma estrela ajudam a produzir as estruturas que vemos nas nebulosas planetárias."

As observações do Hubble, ao longo das duas últimas décadas, têm revelado uma enorme complexidade e diversidade na estrutura das nebulosas planetárias. A alta-resolução do telescópio capturou nós de material nas nuvens brilhantes de gás que rodeiam estrelas moribundas. Os astrónomos especularam que estes nós são, na realidade, jatos expelidos por discos de material em redor de estrelas companheiras que não eram visíveis nas imagens do Hubble. A maioria das estrelas na nossa Galáxia encontram-se em sistemas binários. Mas os detalhes de como estes jatos foram produzidos permanecia um mistério.

"Nós queremos identificar o processo que produz estas transformações surpreendentes, de uma gigante vermelha inchada para uma bela e brilhante nebulosa planetária," afirma Sahai. "Estas mudanças dramáticas ocorrem ao longo de 200 a 1000 anos, um mero piscar de olhos de tempo cósmico. A equipa de Sahai usou o instrumento STIS (Space Telescope Imaging Spectrograph) do Hubble para realizar observações de V Hydrae e da sua região circundante ao longo de um período de 11 anos, primeiro de 2002 a 2004 e depois de 2011 a 2013. A espectroscopia descodifica a luz de um objeto, revelando informações sobre a sua velocidade, temperatura, localização e movimento.

Os dados mostram uma série de bolhas superquentes e monstruosas, cada com uma temperatura de mais de 9400 graus Celsius - quase duas vezes mais quentes que a superfície do Sol. Os investigadores compilaram um mapa detalhado da localização das bolhas, o que lhes permite traçar os primeiros aglomerados gigantes até 1986. "As observações mostram que as bolhas se movem ao longo do tempo," comenta Sahai. "Os dados do STIS mostram bolhas recém-ejetadas, bolhas que se deslocaram para mais longe e bolhas ainda mais distantes.

" O STIS detetou estas estruturas gigantes tão longe quanto 59,5 mil milhões de quilómetros de V Hydrae, mais de oito vezes a distância entre a Cintura de Kuiper e o nosso Sol. As bolhas expandem-se e arrefecem à medida que se deslocam para mais longe, deixando de ser detetáveis no visível. Mas, dizem os cientistas, observações levadas a cabo em comprimentos de onda submilimétricos mais longos no ano de 2004, pelo SMA (Submillimeter Array) no Hawaii, revelaram estruturas distorcidas que podem ser bolhas lançadas há 400 anos atrás.

Com base nas observações, Sahai e os colegas Mark Morris da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e Samantha Scibelli da Universidade Estatal de Nova Iorque em Stony Brook, desenvolveram um modelo de uma estrela companheira com um disco de acreção para explicar o processo de ejeção. Este modelo fornece a explicação mais plausível porque sabemos que os motores que produzem jatos são discos de acreção," explica Sahai. "As estrelas gigantes não têm discos de acreção, mas muitas têm provavelmente estrelas companheiras que, presumivelmente, têm massas inferiores porque evoluem mais lentamente.

O modelo que propomos pode ajudar a explicar a presença de nebulosas planetárias bipolares, a presença de estruturas com a forma de jatos com nós em muitos destes objetos, e até mesmo as nebulosas planetárias multipolares. Nós pensamos que este modelo tem uma ampla aplicabilidade.Uma surpresa encontrada na observação pelo STIS, foi que o disco não dispara os aglomerados monstruosos exatamente na mesma direção a cada oito anos e meio. A direção move-se ligeiramente de lado a lado e para trás e para a frente devido, possivelmente, a uma oscilação no disco de acreção.

"Esta descoberta foi bastante surpreendente, mas é também muito agradável porque ajuda a explicar algumas coisas misteriosas que tinham sido observadas por outros cientistas," comenta Sahai. Os astrónomos salientam que V Hydrae é obscurecida a cada 17 anos, como se algo bloqueasse a sua luz. Sahai e colegas sugerem que devido à oscilação vai-e-vem da direção do jato, as bolhas alternam entre o passar por trás e o passar em frente de V Hydrae. Quando uma bolha passa em frente de V Hydrae, protege a gigante vermelha da observação dos astrónomos.

"Este motor de disco de acreção é muito estável porque tem sido capaz de lançar estas estruturas durante centenas de anos sem ficar despedaçada," realça Sahai. "Em muitos destes sistemas, a atração gravitacional pode fazer com que a companheira espirale para o núcleo da gigante vermelha. Porém, eventualmente, a órbita da companheira de V Hydrae continuará a decair porque está a perder energia nesta interação de fricção. No entanto, não sabemos o destino final desta companheira."

A equipa espera usar o Hubble para realizar mais observações do sistema V Hydrae, incluindo a mais recente bolha expulsa em 2011. Os astrónomos também planeiam usar o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), no Chile, para estudar bolhas lançadas ao longo das últimas centenas de anos e que são agora demasiado frias para serem detetadas com o Hubble. Os resultados da equipa foram publicados na edição de 20 agosto da revista The Astrophysical Journal.

Fonte: Astronomia OnLine

Telescópios de raios-X encontram evidências de buraco negro errante

Imagem de campo largo que mostra, parcialmente, a região conhecida como Faixa Estendida de Groth. Uma das galáxias aí presente, GJ1417+52, parece albergar na sua periferia o buraco negro de uma galáxia mais pequena, que colidiu e se fundiu com a galáxia maior. A inserção da esquerda mostra uma ampliação da galáxia e a inserção da direita mostra uma imagem obtida pelo Chandra em raios-X da mesma área ampliada. Crédito: raios-X - NASA/CXC/UNH/D. Lin et al; ótico - NASA/STScI

Astrónomos usaram o Observatório de raios-X Chandra da NASA e o observatório de raios-X XMM-Newton da ESA para descobrir uma fonte de raios-X extremamente luminosa e variável localizada fora do centro da sua galáxia hospedeira. Este objeto peculiar pode ser um buraco negro errante oriundo de uma pequena galáxia que caiu para uma galáxia maior.Os astrónomos pensam que os buracos negros supermassivos, alguns com cerca de 100.000 a 10 mil milhões de vezes a massa do Sol, estão nos centros da maioria das galáxias. Existem também evidências para a existência dos chamados buracos negros de massa intermédia, que têm massas inferiores que variam entre cerca de 100 até 100.00 vezes a massa do Sol.

Ambos estes tipos de objetos podem ser encontrados longe do centro de uma galáxia, após uma colisão ou fusão com outra galáxia que contém um buraco negro massivo. À medida que as estrelas, gás e poeira da segunda galáxia movem-se através da primeira, o seu buraco negro move-se com ela. Um novo estudo relata a descoberta de um destes buracos negros "errantes" na direção da orla da galáxia lenticular SDSS J141711.07+522540.8 (ou GJ1417+52 para abreviar), localizada a aproximadamente 4,5 mil milhões de anos-luz da Terra.

Este objeto, conhecido como XJ1417+52, foi descoberto durante longas observações de uma região especial, chamada Faixa Estendida de Groth, com dados do XMM-Newton e do Chandra obtidos entre 2000 e 2002. O seu brilho extremo faz com que seja provavelmente um buraco negro com uma massa estimada em cerca de 100.000 vezes a massa do Sol, assumindo que a força de radiação na matéria em redor é igual à força gravitacional. O painel principal mostra uma imagem visível de campo largo obtida com o Telescópio Espacial Hubble. O buraco negro e a sua galáxia hospedeira estão localizados dentro da caixa no canto superior esquerdo.

 A inserção da esquerda contém uma ampliação de GJ1417+52 pelo Hubble. Dentro desta inserção, o círculo mostra uma fonte pontual na periferia norte da galáxia que poderá estar associada com XJ1417+52. A inserção da direita é uma imagem de raios-X de XJ1417+52 obtida com o Chandra, cobrindo a mesma região que a ampliação do Hubble. Esta é uma fonte pontual, sem evidências vistas de uma emissão prolongada de raios-X.

As observações do Chandra e do XMM-Newton mostram que o "output" de raios-X de XJ1417+52 é tão alto que os astrónomos classificam este objeto como uma "fonte de raios-X hiper-luminosa". Estes são objetos 10.000 a 100.000 vezes mais luminosos em raios-X do que os buracos negros estelares e 10 a 100 vezes mais poderosos do que as fontes de raios-X ultraluminosas. No seu pico, XJ1417+52 é cerca de 10 vez mais luminoso do que a fonte de raios-X mais brilhante já avistada para um buraco negro errante. Também está cerca de 10 vezes mais distante do que o detentor anterior do recorde para buraco negro errante.

A brilhante emissão de raios-X deste tipo de buraco negro vem do material que cai em direção a ele. Os raios-X de XJ1417+52 atingiram um brilho máximo entre 2000 e 2002. A fonte não foi detetada em observações posteriores pelo Chandra e pelo XMM-Newton obtidas em 2005, 2014 e 2015. No geral, o brilho de raios-X da fonte diminuiu, pelo menos, por um factor de 14 entre 2000 e 2015. Os autores teorizam que a explosão de raios-X vista em 2000 e 2002 ocorreu quando uma estrela passava demasiado perto do buraco negro e foi dilacerada por forças de maré. Alguns dos escombros gasosos teriam sido aquecidos e tornados brilhantes em raios-X enquanto caiam na direção do buraco negro, provocando o pico de emissões.

A localização e brilho da fonte ótica na imagem do Hubble, que poderá estar associada com XJ1417+52, sugere que o buraco negro poderá ter, originalmente, pertencido a uma galáxia pequena que chocou com a maior galáxia GJ1417+52, despojando a maioria das estrelas da galáxia, mas deixando para trás o buraco negro e as suas estrelas vizinhas no centro da pequena galáxia. Caso esta ideia esteja correta, o que é vemos na imagem do Hubble são as estrelas circundantes.

O artigo, escrito por Dachend Lin (Universidade de New Hampshire) e colegas, que descreve este resultado, foi publicado na revista The Astrophysical Journal e está disponível online.

Fonte: Astronomia OnLine

“Aspirador” do ESO revela estrelas escondidas

“Aspirador” do ESO revela estrelas escondidas
Nesta nova imagem da nebulosa Messier 78, estrelas jovens lançam uma tonalidade azulada ao meio que as envolve, enquanto inexperientes estrelas vermelhas espreitam por detrás dos seus casulos de poeira cósmica. Aos nossos olhos, a maioria destas estrelas estaria escondida por detrás de poeira, no entanto o telescópio de rastreio do ESO VISTA (Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy) vê radiação emitida no infravermelho próximo, a qual passa através da poeira. É como se o telescópio fosse um enorme aspirador que permite aos astrónomos explorar as profundezas do coração do meio estelar.

A Messier 78, ou M78, é um exemplo bem estudado de uma nebulosa de reflexão. Situa-se aproximadamente a 1600 anos-luz de distância na constelação de Orion, logo por cima e à esquerda das três estrelas que compõem o cinto desta familiar constelação do céu. Nesta imagem, a Messier 78 é a névoa azulada que se encontra no centro; a outra nebulosa de reflexão mais à direita trata-se da NGC 2017. O astrónomo francês Pierre Méchain é considerado como tendo descoberto a Messier 78 em 1780, no entanto este objeto é atualmente mais conhecido como a entrada 78º do catálogo do astrónomo francês Charles Messier, ao qual foi adicionado em dezembro de 1780.

Quando 
observada com instrumentos que operam no visível, como o Wide Field Imager do ESO situado no Observatório de La Silla, a Messier 78 aparece-nos como uma mancha brilhante azul celeste rodeada por fitas escuras . A poeira cósmica reflete e dispersa a radiação emitida pelas estrelas jovens azuis situadas no coração da Messier 78, razão pela qual este objeto é conhecido como uma nebulosa de reflexão.

As fitas escuras são espessas nuvens de poeira que bloqueiam a luz visível emitida por trás delas. Estas regiões densas e frias são os locais principais da formação de novas estrelas. Quando a Messier 78 e as suas vizinhas são observadas em radiação submilimétrica, entre as ondas rádio e a radiação infravermelha, por exemplo com o telescópio 
Atacama Pathfinder Experiment (APEX), revelam o brilho de grãos de poeira em bolsas apenas um pouco mais quentes do que o seu meio envolvente extremamente frio. Eventualmente novas estrelas formar-se-ão nestas bolsas à medida que a gravidade as faz contrair e aquecer.

Entre as radiações visível e submilimétrica situa-se a região do infravermelho próximo do espectro electromagnético, onde o 
VISTA (Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy) fornece aos astrónomos informação crucial. Para lá das reflexões da poeira e através das camadas mais finas de material obscurante, as fontes estelares luminosas no seio da Messier 78 são visíveis aos olhos do VISTA. No centro desta imagem, duas estrelas supergigantes azuis, chamadas HD 38563A e HD 38563B, brilham intensamente. Em direção à lado direito da imagem, a estrela supergigante que ilumina a NGC 2071, a HD 290861, também se encontra visível.

Para além de enormes estrelas azuis quentes, o VISTA pode também observar muitas estrelas que se estão a formar no interior da poeira cósmica espalhada por esta região, vendo-se claramente as suas cores avermelhadas e amarelas. Estas estrelas coloridas podem ser vistas nas bandas de poeira que rodeiam a NGC 2701 e que se encontram ao longo do trilho de poeira que corre em direção ao lado esquerdo da imagem. Algumas destas estrelas são do tipo T Tauri, estrelas que, embora relativamente brilhantes, ainda não se encontram suficientemente quentes para dar início às reações de fusão nuclear nos seus núcleos. Dentro que algumas dezenas de milhões de anos, estas estrelas chegarão à fase “madura”, tomando os seus lugares ao lado das suas irmãs estelares que iluminam a região da Messier 78.
FONTE: ESO

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Nebulosa da Hélice em infravermelho

Nebulosa da Hélice em infravermelho
Crédito: NASAJPL-CaltechTelescópio Espacial Spitzer; Processamento: Judy Schmidt

O que torna este olho cósmico tão vermelho? Poeira. A imagem foi captada pelo Telescópio Espacial Spitzer e mostra luz infravermelha da bem estudada Nebulosa da Hélice (NGC 7293) a uns meros 700 anos-luz de distância na direção da constelação de Aquário. O manto de poeira e gás com dois anos-luz de diâmetro rodeia uma anã branca central e há muito que é considerado um exemplo excelente de uma nebulosa planetária, representando os estágios finais na evolução de uma estrela parecida com o Sol. Mas os dados do Spitzer mostram que a estrela central da nebulosa está embebida num brilho infravermelho surpreendentemente brilhante. Os modelos sugerem que o brilho é produzido por um disco de detritos empoeirados. Apesar do material nebular ter sido expelido pela estrela há muitos milhares de anos atrás, a poeira íntima pode ter sido produzida por colisões num reservatório de objetos análogo à Cintura de Kuiper do nosso próprio Sistema Solar ou à nuvem cometária de Oort. Caso corpos tipo-cometa tivessem sido formados neste distante sistema planetário, teriam sobrevivido mesmo até às dramáticas fases finais da evolução da estrela.
Fonte: NASA
 
 

A ultima imagem da Rosetta

A ultima imagem da Rosetta
Na última sexta-feira, dia 30 de Setembro de 2016, a histórica missão da sonda Rosetta foi concluída, com a sonda descendo na superfície do Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. A Rosetta foi comandada para fazer uma série final de medidas científicas únicas, muito perto do cometa, o que inclui imagens como essa, que é o local de pouso da Rosetta no cometa. A imagem mostrada aqui, de fato, foi a última imagem feita pela sonda Rosetta, a cerca de 20 metros da superfície do 67P. A escala é de 2 mm/pixel, e a imagem mede cerca de 96 cm de diâmetro.

A câmera de grande angular OSIRIS não foi desenhada para ser usada abaixo de poucas centenas de metros, mas foi usada para esse momento especial, e como esperado, a imagem não tem um foco primoroso. Após o contato ter sido confirmado e a missão declarada completa, o Gerente da Missão Patrick Martin anunciou o nome do local de impacto. Ele disse, “A Pedra da Rosetta, está localizada originalmente em Sais, e vamos nomear o ponto de impacto, como tal, para que possamos finalmente dizer que a Rosetta chegou em casa, no Sais”.

A missão recebeu o nome em homenagem à Pedra da Rosetta, e a pedra recebeu esse nome por ter sido encontrada numa cidade chamada Rashid (Rosetta), e que depois foi movida para um templo em Sais. Como a Pedra da Rosetta, que tinha como objetivo entender as linguagens antigas, e a história, então o vasto tesouro dos dados obtidos pela sonda Rosetta é mudar a nossa visão sobre como os cometas e o próprio Sistema Solar se formou.
Fonte: http://www.esa.int/spaceinimages/Images/2016/11/Rosetta_s_last_image

O centro da galáxia NGC 247

O centro da galáxia NGC 247
Essa imagem do Hubble mostra a região central da galáxia espiral conhecida como NGC 247. A NGC 247, é uma galáxia relativamente pequena localizada na constelação de Cetus, a uma distância de cerca de 11 milhões de anos-luz de nós, e é parte do Grupo Sculptor, uma coleção solta de galáxias que também contém a famosa NGC 253, também conhecida como Galáxia do Sculptor. O núcleo da NGC 247 é visto aqui como uma mancha brilhante, circundada por uma mistura de estrelas, gás e poeira. A poeira forma manchas escuras e filamentos que possuem suas silhuetas destacadas contra o fundo de estrelas, enquanto que o gás tem formado nós brilhantes, conhecidos como regiões H II, e que estão na sua maioria espalhadas pelos braços e pelas áreas externas da galáxia.

Essa galáxia apresenta uma feição particularmente incomum e misteriosa, ela não é visível nesta imagem, mas pode ser claramente vista em imagens de campo mais amplo, como a imagem abaixo. A parte norte do disco da NGC 247abriga um vazio aparente, uma falha no padrão normal das estrelas e das regiões H II que se espalham por quase um terço do comprimento total da galáxia.
Existem estrelas dentro desse vazio, mas elas são bem diferentes das estrelas ao redor. Elas são significativamente mais velhas, e como resultado muito mais apagadas e mais avermelhadas. Isso indica que a formação de estrelas acontece em boa parte do disco da galáxia e de alguma no vazio ela ficou aprisionada, não ocorrendo por cerca de um bilhão de anos. Embora os astrônomos ainda não tenham certeza de como esse vazio se formou, estudos recentes sugerem que pode ter sido causado pelas interações gravitacionais com partes de outra galáxia.
Fonte: http://www.spacetelescope.org 

Traduzido Por: Astronomia - Ciencia - Designed by Ciencia e Astronomia